A DOLMEN integra a candidatura do projeto ICARUS ao programa Interreg SUDOE.
O objetivo deste projeto passa por promover a inovação e a transferência tecnológica nas zonas rurais do espaço SUDOE, assente no princípio da bioeconomia circular como base para a construção e reabilitação sustentável de edifícios representativos do espaço agrícola e florestal do nosso território.
Trata-se de uma estratégia transnacional convergente e de planos de ação de intervenções adaptadas a cada território envolvido, em Portugal, Espanha e França, onde se destaca a presença de entidades académicas e científicas que fornecem as soluções necessárias (inovações tecnológicas e não tecnológicas) nas quais se baseia o projeto, com o objetivo final de transferir conhecimento para os restantes agentes.
O projeto propõe-se a identificar, catalogar e diagnosticar o estado de conservação das classes mais representativas de edifícios rurais (tipologias) nas diferentes regiões do espaço SUDOE através do desenvolvimento de ferramentas específicas para o efeito. Em segundo lugar, propõe-se conceber e aplicar modelos de intervenção em duas fases (modelação virtual e concretização em projetos piloto) de reabilitação sustentável em madeira e produtos derivados em edifícios representativos do território, testando-os em ações piloto demonstrativas.
Por último, o ICARUS promoverá uma rede transnacional representativa da cadeia de valor da bioeconomia circular para promover a transformação dos sectores produtivos nas zonas rurais como resultado da inovação e transferência tecnológica, apostando na criação de uma ferramenta digital (Hub) como plataforma integradora de todas as informações geradas durante as fases de projeto e demonstração nos casos de estudo reais (piloto).
A contribuição científica é liderada pela Universitat Politècnica de Catalunya (UPC), que como Coordenadora do projeto, desenvolverá todos os aspetos tecnológicos e arquitetónicos de investigação e soluções para os problemas das construções rurais, do ponto de vista social, ambiental e técnico; A Universitat Politècnica de València (UPV) terá como foco a análise e estudos de viabilidade e manejo de florestas e recursos florestais; A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto abordará a aplicação de novas tecnologias no domínio da digitalização de informação e dados estatísticos sobre avaliações energéticas de edifícios.
Destaca-se também a presença do Instituto Valenciano de la Edificación (IVE) fundação promovida pela Generalitat Valenciana que reúne diversos profissionais da área da construção e do urbanismo. O IVE assegurará, entre outros fins, o desenvolvimento de ações piloto na Comunidade Valenciana, bem como a sua experiência para a criação da Plataforma digital (Hub).
Por outro lado, a Asociación de Investigación de las Industrias de la Madera (AITIM) é uma organização focada na investigação técnica, controlo de qualidade, normalização e certificação de produtos derivados da madeira para utilização na construção, intimamente ligada à indústria da madeira em ES, e, portanto, um agente facilitador para o envolvimento de PME nas atividades do projeto.
Para além das entidades acima mencionadas, o projeto conta com a participação da Câmara Municipal de Olot, (Garrotxa, Catalunha), juntamente com outras Câmaras Municipais da zona. A DOLMEN estará envolvida no desenvolvimento de pilotos em Portugal, ativando os diferentes agentes da cadeia de valor, abrangindo os concelhos de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel e Resende. Por último, em França, destaca-se a presença da ALEC (criada pela Bordeaux Métropole, o departamento da Gironda e a região da Nouvelle-Aquitaine, com o apoio da ADEME), com o objetivo de contribuir para a transição energética na Gironda. A ALEC contribuirá para a análise territorial, mapeamento da cadeia de valor e definição da estratégia e planos de ação locais. Trabalhará em conjunto com o SIPHEM, ator envolvido na transição energética que apoia profissionais da indústria da construção, energia, silvicultura, etc.
Estima-se que, nos 3 países envolvidos neste projeto, serão formados e conectados entre si até 150 agentes representativos da cadeia de valor. A parceria combina perfis académicos e científicos, com associações representativas da indústria florestal e madeireira, complementadas por entidades públicas locais e regionais.
