O Território

O Douro Verde, situado entre o Douro vinhateiro e o Douro urbano, distingue-se pela sua inegável riqueza paisagística, histórica e cultural, pontuada pelos sabores inconfundíveis da gastronomia e vinhos locais. A sua identidade territorial remonta há cerca de 5 mil anos.

Integram este território os municípios de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel e Resende, assumindo-se o rio Douro como o elemento de união.

Estes municípios encontram-se dispersos por uma área total ininterrupta de 1.252,63 km2. De acordo com os Censos realizados em 2011, o território do Douro Verde possuía 234.292 habitantes, traduzindo-se numa densidade populacional média de aproximadamente 187 pessoas/km2.

Uma proporção muito significativa da área geográfica desta região é de baixa densidade, possuindo vastas extensões de cariz marcadamente rural, pontuadas por vários centros urbanos de reduzida dimensão correspondentes às sedes de concelho.

Apesar do seu carácter de base rural, esta sub-região não se encontra distante de polos urbanos bastante expressivos, nomeadamente da Área Metropolitana do Porto, assim como dos Municípios de Braga, Vila Real e Viseu, possuindo excelentes acessos a estes centros de grande dinamismo e relevância social e económica, uma vez que a zona Norte do Douro Verde é atravessada pela autoestrada A4 e está a curta distância da A24. A proximidade do aeroporto Francisco Sá Carneiro e do Porto de Leixões oferece um complemento muito importante à movimentação de bens e pessoas, fator determinante para um território imbuído de força e energia vital a todos os níveis.

Recursos Naturais

O rio Douro percorre a fração Sul do território do Douro Verde, acompanhado dos característicos vales presentes nos concelhos de Cinfães e Resende. O rio Tâmega, afluente do rio Douro, direcionado para Nordeste, e o rio Paiva, também afluente do rio Douro, a ladear parte do limite Sul do concelho de Cinfães, conferem uma rede hidrográfica interessante ao território, dado não existir qualquer ponto que se situe a uma distância considerável de um curso de água.

A sua topografia é determinada a Este, predominantemente pela Serra do Marão e pela Serra da Aboboreira, abrangendo os concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses. Por outro lado, a Serra de Montemuro compreende parte dos concelhos de Cinfães e Resende, assim como outros municípios limítrofes ao Douro Verde. Os rios e as cotas consideráveis atingidas nos picos das montanhas são aproveitados para gerar energia hídrica e eólica, através de barragens e parques eólicos dispersos pelo território.

Atividade Económica

A atividade económica desenvolvida no Douro Verde floresce, sobretudo, nos setores agroalimentar, florestal, turístico e ambiental, sendo este facto, mais uma vez, uma consequência clara da base rural que caracteriza este território. O seu património natural e endógeno evidenciado pelas paisagens deslumbrantes, pela gastronomia e produtos locais e tradicionais, e pela cultura e costumes centenários, conferem oportunidades excelentes para os empreendedores locais desenvolverem os seus negócios.

O território possui condições propícias ao desenvolvimento de várias atividades de cariz agroalimentar e agroindustrial, nomeadamente dos subsetores da vitivinicultura e da fruticultura, que merecem um especial destaque. Com parte do território pertencente à Região dos Vinhos Verdes e a área remanescente situando-se na Região do Douro, os vinhos produzidos no Douro Verde possuem uma elevada notoriedade, tendo conhecido nos últimos anos uma verdadeira impulsão no mercado, conquistando cada vez mais adeptos, mesmo em regiões mais distantes. A cereja de Resende detém, igualmente, uma excelente conotação a nível nacional, sendo reconhecida pelas suas qualidades organoléticas e pela precocidade com que surge no mercado.

Ademais, tal como exposto previamente, todo o território possui condições excelentes para o desenvolvimento de atividades que se inserem no setor agroalimentar e agroindustrial, não só associadas à agricultura como também à pecuária. Deste modo, encontram-se estabelecidos no Douro Verde vários empresários conceituados dedicados à produção de pequenos ruminantes, assim como à produção de fumeiro, sendo esta particularmente expressiva no território de Baião.

Neste sentido, tem surgido, gradualmente, um maior número de empresas de micro, pequena e média dimensão posicionadas nestes subsetores que procuram aproveitar todo o potencial e riqueza natural presentes no Douro Verde. Tal fenómeno é evidenciado, entre outros indicadores, através do aumento de 52,51% do número de empresas do setor primário em todo este território entre 2004 e 2012.